terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Estudante disfuncional, ou genial?


Imagine que tem uma classe com 9 alunos: Elis, Pablo, Ronaldo, Getúlio, Chico, Charles, Jean, Sheldon e J.K.

- Elis está cantando baixinho uma música incompreensível.
- Pablo, ao descuido do professor, está pintando a parede do fundo da sala.
- Ronaldo não para quieto, pois no próximo período tem aula de Educação Física.
- Getúlio está preocupado em montar sua chapa para o grêmio estudantil e não prestou atenção em nenhuma palavra do professor.
- Chico, apesar de muito introspectivo, está sempre conversando baixinho, preocupado com os problemas dos colegas.
- Charles, diariamente, traz um inseto novo para impressionar os rapazes e assustar as meninas.
- Jean está rabiscando coisas absurdas à margem do caderno.
- Sheldon parece distante, enquanto resolve problemas de física na aula que é de geografia.
- J.K. está escrevendo sem parar em pedaços de papel amassado.

Em uma palavra, como definiria essa turma? Que postura você acha que o professor deveria tomar? E se seu filho fosse um deles, que posição tomaria a respeito?

Agora pense de novo:
E se Elis fosse Elis Regina, Pablo fosse Picasso, Ronaldo fosse gaúcho, Getúlio fosse Vargas, Chico fosse Xavier, Charles fosse Darwin, Jean fosse Paul Sartre, Sheldon fosse Cooper e J.K fosse Rowling?

Você estaria frente a uma turma "normal", "adversa", "indisciplinada"? Ou seriam alunos desenvolvendo diferentes tipos de inteligências e, talvez, um dia fossem reconhecidos mundialmente por suas habilidades, cada um em sua área? (Situação copiada do facebook do blog Lendo.org)

Muitas vezes as crianças chegam em nossas clínicas trazidas pelos pais com queixas de serem distraídos, desinteressados,dispersos, ou “hiperativos”. Quando na verdade só são “desconhecidos” para os pais.
Já falei isso em diversas postagens: Conheça seu filho! Saiba do que ele gosta, que habilidades tem, quem são os amigos, que fazem quando estão juntos.

Não quero dizer com isso que a educação formal deva ficar de lado. Não é isso! Não é por que seu filho tem potencial para ser um grande jogador de futebol, que vai tirá-lo da escola para que ele treine mais horas por dia. É uma questão de oportunizar, de organizar o tempo.

Explicando melhor. Lembre-se dos dissabores que tem na sua vida profissional, todas as profissões e posições hierárquicas enfrentam desafios e situações complicadas. Mas quando acontecem situações assim, você tem como lembrar do que te mantém neste trabalho, que recompensa você ganha por fazê-lo bem feito, seja o reconhecimento, seja o sorriso do cliente satisfeito, ou só mesmo o salário no fim do mês. Agora imagine passar por tudo sem vislumbrar nenhuma recompensa, só por que alguém lhe disse que era sua obrigação e que é bom para o seu futuro. Futuro esse que parece longínquo, incerto e chato.
 
Ninguém pensa, sente, ou sonha exatamente da mesma forma que outra pessoa. É preciso respeitar a individualidade de cada ser humano.

Claro que nem todas as crianças e adolescentes se dão mal na escola, estas realmente gostam da atividade de estudar, ou são boas seguidoras de regras, ou vivem sob a pressão de ameaça de punição. Já atendi uma criança (não vou especificar se era menino, ou menina para preservar a questão do sigilo), mas para ela (a criança) tirar um 10,00 tinha como conseqüência pura e simplesmente a sensação de alívio. Agora pense, se um 10,00 é só alívio do tipo: “Ufa! Consegui...” o que será necessário para que sinta real alegria? Quando vai poder se orgulhar?

Voltando à nossa classe de talentos. Se você reconheceu que seu filho tem interesses além do conteúdo formal da escola, oportunize situações e momentos em que possa extravasar, praticar, vivenciar o que realmente gosta de fazer. Isso facilitará muito no hábito da disciplina, a ter paciência de esperar a hora certa de fazer o que se quer fazer, de saber que cumprida a obrigação se tem a certeza da diversão.

Repito: conheça seu filho. A escola pode até ajudar a identificar possíveis talentos suprimidos, mas isso depende muito da qualidade da escola, da sua proposta pedagógica, da quantidade de alunos. Porém para a escola, por mais atenciosa que seja a equipe multidisciplinar de professoras, pedagogas, psicólogas, não é possível ter o olhar individualizado que só os pais podem ter. Mesmo que a criança passe o dia na escola, cada professora só passa 1 ano com uma turma de alunos, por mais atenciosa que seja ela não foi testemunha de desenvolvimento da criança até o momento em que se encontra. E mesmo que fosse possível, não é papel dela.

Todas nós queremos o melhor para os nossos filhos. Fazemos o que achamos que é melhor para o futuro deles. Mas atenção: pense em ajudar a seu filho a ser mais feliz HOJE.

... e seja você também mais feliz hoje. Do amanhã, ninguém sabe...

De uma mãe/psicóloga feliz!!!!

Cristine Cabral

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

"Quem AMA, cuida".


No texto passado, "Férias: Castigo para os pais?" referi que os pais não trabalham para os filhos. Gostava de explorar melhor no texto que segue esta citação. Por que digo isso? Porque não é difícil escutar no dia-a-dia comentários sobre o trabalho que os filhos dão...são a 3a jornada de trabalho de uma mulher. Ou a expressão: "Ô menino para dar trabalho!".

Desde que a Maria Eduarda nasceu como toda mulher, no meu caso casada precisei me adaptar a nova rotina. Organizar as tarefas diárias, casa, estudos, trabalho, maridão e assumir o meu papel de mãe. Ser mãe foi uma escolha, eu quis juntamente com o meu marido e assumimos está dádiva de corpo e alma. Daí eu não achar que tenho trabalho com a minha filha. Eu não trabalho para ela. Eu faço porque gosto, tenho responsabilidade e isso é uma rotina diária de uma mãe. Uma frase que resume facilmente onde quero chegar e foi referida no texto passado e não me canso de falar é: "Quem ama cuida". :)
Adoro esta foto eu e minha pequena com 7 dias! Saudades...


Mas por que eu querer retirar essa expressão "que filho dá trabalho" do meu dia-a-dia? Por ser algo visto como negativo, carregado de "cansaço"...quando se diz isso, já antecipamos uma carga para as costas. E como sinto prazer de estar com a minha filha, me dedico a ela...simplesmente. E acredito que a maioria dos pais fazem isso, apenas repetem a tal frase por ser algo que faz parte do nosso dia-a-dia. Por que não mudar?

Esta é uma estratégia de substituição de pensamento negativos por pensamento positivos e tranquilizantes. Resulta, acreditem!

Claro que sou humana e tenho os meus dias de cansaço... mas fazer o que? Respirar fundo e tentar não misturar os assuntos (risos). Minha filha não tem culpa. Os filhos também têm os dias deles de cansaço e mau humor (risos), um bom momento para ensiná-los a lidar com as frustrações.

Acontece que geralmente quando os comportamentos inadequados resolver aparecer coincidem com os dias que estamos mais cansadas, gastas, stressadas... É difícil não se descontrolar, então uma dica para os momentos de birras, pitis é choramingos.

IGNORAR, por mais que custe para a mãe ficar ouvindo berros e dramas o melhor é mesmo ignorar..aos poucos a criança percebe que não funciona!

- Neste momento é importante que os pais evitem a discussão e o contato visual com a criança. 
- No início é comum a criança berrar ainda mais e mais alto! Se você ceder... já sabe, para a criança o berro vale a pena. Simples...eu berro, grito e consigo! Então se decidir usar esta técnica prepare os ouvidos e mentalizar-se para ser capaz de manter a sua decisão e ignorar.
-  Ignore e desvie a atenção para outra coisa.
- Ensine aos outros a ignorar, isto é, o pai também precisa estar preparado, bem como familiares e amigos.
- Dê atenção a comportamentos positivos, quando a criança se acalmar explique a ela que gosta de a ouvir falar assim sem choramingar. Elogiar o fato dela estar a portar-se bem. Sorria. :)

E como em todas as dicas apelo a prática do bom senso, se a birra consistir em algo que seja prejudicial a criança não ignore...

Uma coisa tenho certeza, e que toda mãe deve saber bem, é que todo dia é dia de ser mãe. Cada uma com a sua rotina, regras e valores. Como a Cristine referiu "Mãe Não é tudo igual", mas uma coisa temos em comum queremos sempre o melhor para os nossos filhos.

Saudações de terras lusas...

Frioooo...
Taciana Ferreira



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vida de Mãe

Sabe quando você quer muito ir para uma festa? Passa dias e dias esperando, sonhando, imaginando, planejando... e quando você está já na calçada tem aquele frio na barriga com a expectativa de que vai ser tudo lindo, super divertido, que vai viver emoções maravilhosas, que vai querer prestar atenção em tudo para poder relembrar de cada detalhe. E então você finalmente está lá. A festa ainda está no começo, ainda tem poucas pessoas, mas a música, decoração, comida... está tudo perfeito e só tende a melhorar.

Isso é a maternidade para mim.

Esperei muitos anos por isso. Ser mãe foi algo que sempre quis. Todas as outras coisas eram secundárias, ou eram só um meio para conseguir o meu objetivo principal.

Lembro de um dia, devia ter uns 13 ou 14 anos e passava na TV uma propaganda de uma loja de artigos para bebês e o locutor falava algo como "tudo que seu filho pode querer". O comentário dos meus irmãos foi: "Não mesmo. Aí não tem nada que eu possa querer"ou coisa parecida. Nesse momento me percebi que a propaganda não mais me afetava no papel de filha, mas já de mãe. E notei que esse era sim o meu maior sonho. Nunca sonhei com grandes casas, carros, viagens, morar fora, status pessoal ou profissional, tudo isso como disse antes, ou era secundário, ou seria meio para conseguir ser mãe, ou uma mãe melhor.

E então aqui estou na minha festa e não tenho pressa nenhuma que ela acabe, nem mesmo que chegue na metade. Nunca fiquei nervosa ou amedrontada com a maternidade. Mesmo crescendo ouvindo que ter filho dá muito trabalho, que exige muito da pessoa. Tinha certeza que era o que eu mais queria. E que daria conta sem sofrimento, sem ansiedade.

Assim sendo as leituras sobre o assunto sempre me interessaram muito, mesmo quando não havia nem expectativa de quando seria a minha vez de ser mãe. Li sobre fecundidade, probabilidades, possíveis dificuldades, sobre como é cada semana de gestação, que mudanças ocorrem semanalmente no corpo da mãe e do feto, sobre que cuidados se deve ter com recém-nascido, que dificuldades podem aparecer para amamentação, etc, etc, etc.

As crianças sempre me fascinaram, lembro que por volta dos 10 anos, não podia ver um bebê que queria pegar no colo. Nunca tive receio de pegar recém-nascidos. Tanto que escolhi uma profissão que me cercasse delas e que pudesse ajudá-las de alguma forma. E acho que esta é uma das minhas missões como psicóloga: ajudar as crianças em suas dificuldades, ajudar às mães a entenderem o que se passa com seus filhos e com elas mesmas, ajudar a melhorar as relações familiares, ajudar a construir um futuro melhor para nossa sociedade, ajudando na formação desses futuros cidadãos. É uma gota no oceano a minha contribuição. Mas sinto que estou fazendo a minha parte (que não é só o que descrevi aqui, é muito, muito mais) na construção de um mundo melhor.

Nem sei bem porque estou escrevendo sobre isso... acho que fiquei sensibilizada com o nascimento da minha sobrinha. Quando o irmão mais velho dela nasceu, foi no mesmo mês em que "cheguei na minha festa" e a dúvida sobre se um dia vou reviver todas essas emoções sempre me deixa um pouco assim... a considerar as possibilidades que a vida pode me trazer.

O que será que o futuro me reserva?

Mas não vou me "pré-ocupar" com isso. Como eu disse no post  2013 será... vou tratar de me ocupar. Ocupar-me em curtir o presente, em aproveitar a minha festa. Cuidar da minha pequena é o meu maior prazer e a minha maior realização.

Cristine Cabral

domingo, 20 de janeiro de 2013

Proteja seus filhos

Texto compartilhado pelo facebook. Encontrei-o em diversos sites, mas nenhum trazia a fonte, nem o autor, assim sendo preferi copiar e colar aqui.

Informações importantíssimas.

COMO PROTEGER NOSSOS FILHOS DE ABUSOS SEXUAIS:

Mães e Pais, é um texto pouquinho grande , mas extremamente valioso !!! POUCAS pessoas se sentem à vontade quando o assunto é o abuso sexual de crianças. Os pais tremem só de pensar nisso! Mas esse tipo de abuso é uma realidade assustadora e desagradável no mundo atual, e seus efeitos nas crianças podem ser devastadores. Será que vale a pena considerar esse assunto? Pense bem: quanto você estaria disposto a pagar pela segurança de seu filho? Conhecer as tristes realidades do abuso sexual com certeza não é um preço alto demais. Esse conhecimento pode realmente fazer a diferença.

Não permita que a praga do abuso o faça perder a coragem de encarar esse assunto. Para dizer o mínimo, você tem algo que seu filho não tem — habilidades que ele levará anos, até mesmo décadas, para desenvolver. Com o passar do tempo, você acumulou bastante conhecimento, experiência e sabedoria. O segredo é aprimorar essas qualidades e usá-las para proteger seu filho. 
Vamos considerar três passos básicos que podem ser dados pelos pais: (1) ser a primeira linha de defesa para proteger o filho contra o abuso, (2) fornecer ao filho a necessária educação sobre sexo e (3) ensinar ao filho algumas medidas básicas de proteção.

Você é a primeira linha de defesa?

A responsabilidade primária de proteger as crianças contra abusos é dos pais e não delas mesmas. Assim, os pais precisam primeiro se informar sobre o assunto para depois ensinar os filhos. Se você é pai ou mãe, existem algumas coisas que precisa saber sobre o abuso infantil. Precisa saber que tipo de pessoas abusam de crianças e como agem. Os pais costumam achar que os molestadores são estranhos que ficam à espreita, buscando maneiras de raptar e violentar crianças. Esses monstros existem mesmo, e os noticiários muitas vezes falam a respeito deles. Mas eles são relativamente poucos. Em cerca de 90% dos casos de abuso sexual infantil, o culpado é alguém que a criança já conhece e em quem confia.
Naturalmente, você acha difícil acreditar que alguém bondoso, como um vizinho, professor, profissional de saúde, treinador ou parente possa sentir atração sexual por seu filho. Na verdade, em sua maioria, as pessoas não são assim. Não é preciso suspeitar de todos ao seu redor. Apesar disso, você pode proteger seu filho por aprender como age um típico abusador.
Conhecer essas táticas pode fazer com que você, pai ou mãe, fique mais preparado para agir como a primeira linha de defesa. Por exemplo, imagine que alguém que parece se interessar mais por crianças do que por adultos comece a dar atenção especial ou presentes a seu filho, ou se ofereça para tomar conta dele de graça ou para levá-lo em passeios a sós. O que você faria? Concluiria que ele é um molestador? Não. Não tire conclusões precipitadas. A pessoa pode estar agindo sem más intenções. Apesar disso, é melhor ficar atento.
Lembre-se de que qualquer oferta que parece boa demais para ser verdade provavelmente é falsa. Fique atento a qualquer pessoa que se ofereça para ficar com seu filho, em especial a sós. Diga que você pode aparecer a qualquer momento. Melissa e Brad, jovens pais de três meninos, são cuidadosos quanto a deixar uma criança a sós com um adulto. Quando um de seus filhos tinha aulas de música em casa, Melissa dizia ao professor: “Enquanto estiver aqui, eu entrarei na sala de vez em quando.” Esse tipo de cuidado pode parecer exagerado, mas esses pais acharam melhor prevenir do que remediar. Tenha interesse ativo nas atividades, nas amizades e nos trabalhos escolares de seus filhos. Procure saber todos os detalhes a respeito de qualquer passeio planejado. Um profissional no campo da saúde mental, que trabalhou 33 anos com casos de abuso sexual, disse que muitos dos casos que viu poderiam ter sido evitados por um simples cuidado da parte dos pais. Ele citou as palavras de um homem condenado por abuso: “Os pais literalmente nos entregam seus filhos. . . . Eles com certeza facilitaram as coisas para mim.” Lembre-se de que a maioria dos molestadores preferem alvos fáceis. Os pais que se envolvem ativamente na vida dos filhos fazem deles alvos difíceis.
Outro modo de agir como a primeira linha de defesa de seu filho é ser um bom ouvinte. É pouco provável que uma criança fale do abuso de forma direta; ela fica com muita vergonha e medo da reação dos outros. Por isso, preste bastante atenção ao que a criança diz, mesmo que ela fale indiretamente. Se o seu filho disser algo que deixe você preocupado, de modo calmo, faça perguntas que o incentivem a se expressar. Se não quiser mais que certa pessoa tome conta dele, pergunte o motivo. Se disser que um adulto faz brincadeiras estranhas com ele, pergunte: “Que tipo de brincadeira? O que ele faz?” Se reclamar que alguém fez cócegas nele, pergunte: “Em que lugar ele fez cócegas em você?” Não descarte logo as respostas de uma criança. Os abusadores dizem à criança que ninguém vai acreditar nela, e muitas vezes é isso que acontece. E, quando uma criança sofre abuso, ter a confiança e o apoio dos pais é muito importante para sua recuperação. Forneça ao seu filho educação sobre sexo
Uma obra de referência sobre abuso infantil cita as palavras de um homem condenado por abuso sexual: “Uma criança que não sabe nada sobre sexo, poderá facilmente se tornar minha próxima vítima.” Essas palavras assustadoras são um lembrete útil para os pais. Crianças que não aprenderam sobre sexo são enganadas com mais facilidade por molestadores. Não é isso o que você quer para seu filho? Então, como segundo passo básico para protegê-lo, não hesite em lhe ensinar sobre esse assunto importante.
Mas como você pode fazer isso? Muitos pais acham embaraçoso falar sobre sexo com os filhos. Pode ser que seu filho ache mais embaraçoso ainda e é provável que não inicie uma conversa sobre esse assunto. Portanto, tome a iniciativa. Melissa diz: “Começamos cedo, identificando as partes do corpo por nome. Usamos as palavras corretas, e não nomes infantis, para mostrar a eles que não há nada estranho ou vergonhoso a respeito de nenhuma parte do corpo.” Daí, a instrução sobre o abuso vem de forma natural. Muitos pais simplesmente dizem aos filhos que as partes do corpo que ficam cobertas pela roupa de banho são íntimas e especiais.
Jéssica, mencionada no artigo anterior, diz: “Lucas e eu dissemos a nosso filho que seu pênis é algo íntimo e pessoal, não um brinquedo. Não é para ninguém brincar com ele — nem mamãe, nem papai, nem mesmo um médico. Quando o levamos para uma consulta, explicamos que o médico só vai verificar se está tudo bem, e é por isso que talvez o toque ali.” Tanto o pai como a mãe devem ter essas breves conversas com o filho de vez em quando, deixando claro que sempre pode falar com eles caso alguém o toque de modo errado ou lhe cause constrangimento. Especialistas em cuidados infantis e prevenção de abusos recomendam a todos os pais que tenham conversas desse tipo com os filhos. No mundo atual, as crianças precisam saber que existem pessoas que querem tocá-las e ser tocadas de maneiras erradas. Isso não é para assustar as crianças nem fazer com que deixem de confiar nos adultos em geral. É apenas uma informação de segurança.
Por fim, fale com seu filho que não é certo alguém pedir que ele esconda algo dos pais. Diga a ele que sempre deve contar para vocês se alguém pedir que esconda algum segredo. Não importa o que tenha acontecido — quer tenha ouvido ameaças assustadoras, quer ele mesmo tenha feito algo errado — nunca precisa ter medo de procurar o papai ou a mamãe para contar tudo o que aconteceu. Esse tipo de instrução não é para assustar seu filho. Deixe claro que a maioria das pessoas nunca fazem coisas como tocá-lo em lugares que não devem ou que guarde algum segredo. Assim como um plano de fuga em caso de incêndio, essas instruções são só como prevenção e provavelmente nunca serão necessárias.
Ensine ao seu filho algumas medidas básicas de proteção
O terceiro passo a ser considerado é ensinar a seu filho algumas atitudes simples que poderá tomar caso alguém tente se aproveitar dele quando você não está por perto. Um método recomendado com freqüência é um tipo de jogo em que os pais perguntam o que a criança faria em certa situação e ela responde. Por exemplo: “O que faria se estivéssemos num supermercado e você se perdesse de mim? Como me encontraria?” A resposta dela talvez não seja exatamente o que você esperava, mas poderá orientá-la usando outras perguntas, como: “Consegue pensar numa coisa mais segura que você poderia fazer?” Você pode usar perguntas parecidas para saber que reação ela acha ser a mais segura caso alguém tente tocá-la de modo errado. Se ela se assusta facilmente com perguntas assim, tente contar uma história sobre outra criança. Por exemplo: “Uma menininha está com um parente que ela gosta, mas daí ele tenta tocá-la num lugar que é errado. O que você acha que ela deve fazer para se proteger?”
O que você deve ensinar seu filho a fazer numa situação como a mencionada acima? Um escritor disse: “Um firme ‘não!’, ‘não faça isso!’ ou ‘tire as mãos de mim!’ é muito eficaz para intimidar o abusador que tenta seduzir a criança, fazendo-o recuar e pensar duas vezes antes de escolher uma vítima.” Ajude seu filho a encenar breves situações em que ele diz ‘não’ em voz alta e de modo confiante, sai rapidamente do local e conta para você tudo o que aconteceu. Uma criança que parece entender bem o treinamento pode esquecê-lo com facilidade em algumas semanas ou meses. Portanto, repita o treinamento de modo regular.
Todos os responsáveis imediatos da criança, incluindo os do sexo masculino — o pai, o padrasto ou outros parentes — devem participar dessas conversas. Por quê? Porque todos os envolvidos nesse treinamento estão, na verdade, prometendo à criança que nunca cometerão tais atos de abuso. É uma pena que muitos casos de abuso sexual ocorram exatamente na família. O artigo seguinte considerará como você pode fazer com que seu lar seja um abrigo seguro neste mundo abusivo.
Muitas crianças que sofreram abuso dão sinais de que algo está errado. Por exemplo, se uma criança de uma hora para a outra volta a ter comportamentos que já tinha superado, como urinar na cama, apego exagerado aos pais ou medo de ficar sozinha, talvez esteja dando um sinal de que algo grave a incomoda. Esses sintomas não devem ser considerados como prova definitiva de que ela sofreu abuso. Com calma, ajude seu filho a se expressar para que você possa descobrir por que ele está angustiado e então lhe dar consolo, encorajamento e proteção.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"Mãe NÃO é tudo igual."

Na área da psicologia organizacional usa-se a teoria motivacional Âncoras de Carreira, do autor Edgar Schein (mestre em Psicologia pela Universidade de Stanford e  PhD em Psicologia Social por Harvard.)
“A âncora de carreira é uma combinação das áreas percebidas de competência, motivos e valores que a pessoa não abandonaria, representa o seu verdadeiro “eu”.  Sem o conhecimento desta âncora a pessoa pode buscar outro trabalho que no futuro não serão satisfatórios porque ela sente que “o trabalho não responde realmente a seu eu” (“não tem nada a ver comigo”).  Analisar o momento presente da carreira e as decisões futuras poderão ser mais fáceis e ter mais valor se a pessoa tem um claro entendimento de sua orientação pessoal para o trabalho, seus motivos, seus valores e sua auto-percepção de talentos.” (fonte: psico.ufsc.br)

Num resumo bem superficial podemos descrever assim as 8 âncoras descritas pelo autor citado:

COMPETÊNCIA TÉCNICA E FUNCIONAL

Pessoas que se sentem muito motivadas no exercício de seus talentos e na satisfação de saberem que são “experts”. O tipo de trabalho deve estar relacionado com testar suas habilidades e competências, se isto não ocorre o trabalho logo se torna desinteressante. Sua auto-estima está ligada ao exercício de seus talentos por isto necessita tarefas onde possa exercê-lo. Este tipo de pessoa está mais ligado ao conteúdo de seu trabalho.

COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA GERAL

As pessoas desta âncora reconhecem que devem ter conhecimentos em muitas áreas diferentes. É comum serem chamados de “tomadores de decisão”, entretanto isto quer dizer que eles seriam capazes de identificar e colocar os problemas para que as decisões possam ser tomadas. Têm também habilidades para influenciar, supervisionar, dirigir, ajudar e controlar as pessoas em todos os níveis da organização a fim de atingir os objetivos da empresa. O tipo de trabalho que mais lhe motiva está ligado a altos graus de responsabilidade, desafio, trabalho variado e integrativo, liderança de oportunidades para contribuir para o sucesso de sua organização.

AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA

Pessoas que percebem que não podem se sentir dependentes de outra pessoa em relação a regras, procedimentos, horário de trabalho, códigos de vestimenta, e outras normas que estão invariavelmente presentes na maioria das organizações. Eles acham a vida na organização muito restritiva, irracional e intrusiva em sua vida privada, por isto preferem seguir a sua carreira mais independente. Geralmente escolhem profissões autônomas. O tipo de trabalho está ligado ao contrato por projetos definidos, sendo em tempo parcial, total, ou temporário. Este tipo de pessoa gosta de trabalhar com objetivos definidos, e depois de clarificados, quer ser deixada livre para trabalhar.

SEGURANÇA E ESTABILIDADE

Pessoas que organizam suas carreiras para se sentirem estáveis e seguras, permitindo assim que os futuros eventos sejam previsíveis e possam assim relaxar e prever o seu sucesso. Geralmente estão ligados a empregos do governo ou exército, pois estes garantem estabilidade. Os mais talentosos deste grupo atingem níveis maiores na hierarquia da organização. Os que têm talentos inusuais, se satisfazem de encontrar um hobby onde possam realizá-los. Preferem um tipo de trabalho mais ligado ao contexto do que a natureza do trabalho propriamente dita. Preferem ser reconhecidos por sua fidelidade, desempenho correto que vão lhe assegurar mais estabilidade futura.

CRIATIVIDADE EMPRESARIAL

Pessoas que se sentem motivadas para criar negócios próprios através do desenvolvimento de novos produtos e serviços, ou pela construção de novas organizações financeiras ou ainda recriando negócios já existentes e adaptando-os às suas especificidades. “Fazer dinheiro” é a sua medida de sucesso. O tipo de trabalho está ligado às necessidades de criar, em suas próprias empresas, eles continuam a criar novos produtos e serviços ou eles perderão o interesse, vendendo suas empresas e começando outra nova. O reconhecimento que esperam é estabelecerem uma grande fortuna e uma empresa considerável.

DEDICAÇÃO A UMA CAUSA

Pessoas que procuram ocupações a fim de incorporarem no trabalho valores importantes para si, mais do que seus talentos ou área de competência. Suas decisões de carreira são feitas baseadas no desejo de fazer alguma coisa para melhorar o mundo de alguma maneira. As profissões de ajuda como medicina, enfermagem, serviço social, educação são tipicamente carreiras desta âncora onde predominam valores como: trabalhar com as pessoas, servir a humanidade, ajudar a nação. O dinheiro não é importante e o que buscam como recompensa é atingir posições com maior influencia para poder operar com mais autonomia na realização de sua causa.

DESAFIO PURO

As pessoas que pensam poder conquistar qualquer um ou qualquer coisa. Eles definem sucesso como vencer obstáculos impossíveis, resolver problemas insolúveis, vencer os oponentes mais ferrenhos. Na medida em que progridem eles procuram desafios cada vez mais difíceis. Para alguns aparece sob a forma de procurar trabalhos nos quais ele é colocado frente a problemas cada vez mais difíceis. Para outros o desafio é colocado em termos de competitividade interpessoal. Geralmente procuram trabalhos nos quais podem se sentir sempre testados, na ausência deste teste constante, sente-se aborrecidos e desmotivados.

ESTILO DE VIDA

Pessoas que consideram a carreira menos importante e que esta deve estar integrada num estilo de vida.É principalmente voltada a encontrar uma maneira de integrar as necessidades individuais, familiares e da carreira, para isto a pessoa quer flexibilidade mais do que qualquer outra coisa. A pessoa olha mais para a atitude da empresa do que para o seu programa de trabalho propriamente dito, uma atitude que reflete respeito pela vida pessoal e familiar e que permite uma negociação genuína do contrato psicológico possível.

Percebam que as diferenças são bem significativas, então como pensar que mulheres que têm âncoras de carreira tão diferentes vão ser mães da mesma forma?

Uma mulher que tenha a âncora Puro Desafio certamente se sentirá realizada em poder dar conta pessoalmente do trabalho, da casa, do marido e ainda ficar linda. Já um que tenha a Competência Administrativa Geral saberá coordenar bem babás, domésticas, marido, avós, distribuindo atividades de forma a equilibrar todas as tarefas domésticas e profissionais de forma satisfatória. Já uma mulher que tenha a âncora Estilo de Vida não se importará de deixar a carreira de lado por alguns anos para cuidar dos filhos.

O que pretendo com este texto mostrar que embora escutem milhões de palpites e conselhos sobre como educar seus filhos, sobre como ser uma mãe melhor, etc, estes não valem com o mesmo peso e a mesma medida para todas. Cada pessoa tem o seu jeito, cada família tem a sua dinâmica.

Ressaltando que essas âncoras não são fixas, podem mudar ao longo da vida dependendo das experiências vividas. Nada impede de uma mulher que sempre teve como âncora a Criatividade Empresarial, passe a ter a Autonomia e Independência como objetivo, ou ainda Dedicação a uma Causa.

Todas temos alguma coisa de todas as âncoras, mas existe em cada uma de nós uma hierarquia daquilo que consideramos mais importante. Quem quiser responder o inventário e descobrir a ordem de suas âncoras pode ir aqui: 
http://www.psico.ufsc.br/sop2/ancora/pages/inventario.php

O resultado sai assim:

Assim sendo não sintam culpa por serem mães como são, mas também respeitem as mães que fazem escolhas diferentes das suas. Ter dúvida é natural, procurar conselhos e orientações é normal e saudável, mas na hora de decidir o que fazer cada uma escolhe conforme o seu modo de vida, as suas ambições, seu modo de ver o mundo.


Cristine Cabral


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Férias: Castigo para os pais?


Apesar de morar em Portugal e o ano escolar funcionar diferente do Brasil, todo ano a questão é a mesma em todo lado. Filhos de férias, o que fazer? Muitos pais trabalham os dois turnos e se vêem perdidos para preencher o tempo dos filhos, bem como conciliar os horários juntos e dar conta de tudo.

Se por um lado e diante de tantos "prós" é provável que muitos pais cheguem a considerar a férias dos filhos um castigo. Como ouvi um desabafo de uma mãe em uma loja de brinquedos com os três filhos a dizer: " Que castigo! Não vejo a hora das aulas voltarem para esses meninos terem o que fazer!".  A mãe estava comprando vários brinquedos educativos (ao menos) para entreter os filhos. Bom, a ideia é boa mas comprar brinquedos as quantidades e despachar para os filhos sem ter tempo, nem paciência para brincar com eles é jogar dinheiro fora. Ah e também aumentar a pilha de brinquedos esquecidos dentro de casa, o que eu chamo de "tralha".

Por outro lado é possível aproveitar as férias para curtir os seus filhos. Para os que tem menos tempo, tudo passa por um uma questão de se programar, separar os tempos livres e tentar usufruir o máximo da companhia das crianças. Já para os que tem mais tempo a "cobrança" aumenta, afinal os filhos vão estar o tempo todo a sua volta pedindo atenção! Não se desespere, nessas horas é preciso usar a criatividade. Em casa; vários programas infantis dão dicas de atividades, jogos e entretenimento paras as crianças, sem falar da internet com "n" sites infantis. Jogos ao ar livre, andar de bicicleta, pôr a meninada a gastar energia é sempre uma boa. É comum nesse período haver programação infantil livre, cinema infantil, teatro, nos jornais é possível encontrar essas informações. 

Sabemos que os pais são os modelos dos filhos, ou seja, muito do que eles fazem aprendem em casa com os pais. Ensinar os filhos a desenvolver competências sociais é sempre importante. Porque não aproveitar as férias para isso? Aqui vão algumas dicas do livro, Os Anos Incríveis: Guia de Resolução de problemas para Pais de crianças dos 2 aos 8 anos (Stratton, 2010).

Ensine as crianças a dar inicio a uma conversa e a entrar em um grupo

Esta é uma das primeiras competências sociais que se deve ensinar a crianças pequenas. As crianças precisam aprender como abordar um grupo, como esperar para uma abertura numa conversa e como pedir para participar numa atividade. É preciso praticar essas competências com a ajuda dos pais. Isto pode ser feito recorrendo a dramatizações.

Brinque sempre com o seu filho para modelar e estimular competências sociais

Os pais devem encorajar e elogiar as crianças quando estas demonstram saber brincar com os amigos. Durante estes períodos, demonstre e pratique como se joga à vez, como se partilha, se espera e se cumprimenta os outros. Elogiar o filho sempre que agir corretamente. Recorde-se que as crianças aprendem pelo seu exemplo, visto que o seu papel é modelar como se brinca em colaboração.


Convide colegas do seu filho para a sua casa - e supervisione as brincadeiras 

Projete atividades de colaboração, fazer uma experiência, montar quebra cabeça, jogar, etc. Supervisione as brincadeiras e esteja atento a sinais de que as interações possam estar a ficar fora de controle.

Ajude o seu filho a controlar a raiva

Quando uma criança começa a ficar perturbada devido a raiva, medo, ansiedade ou agressividade não consegue recorrer a competências  de resolução de problemas ou quaisquer outras competências sociais. É necessário promover nas crianças estratégias de controle emocional. A "técnica da tartaruga" põe a criança a imaginar que tem uma carapaça e que é preciso se recolher. Quando a criança recolhe para a sua carapaça inspira 3 vezes e diz: "Para. Inspira profundamente. Acalma-te". Em seguida ela visualiza uma cena de tranquilidade e diz a si própria: " Eu consigo me acalmar e sou capaz."

Desenvolva a empatia

Um relação calorosa e confiante entre pais e filhos contribui imenso para aumentar dos filhos construírem amizades saudáveis. O reforço da auto-imagem da criança como uma pessoa como valor, capaz de ser amiga, a aceitação e confiança em si própria influência na forma com que a criança deseja a aprovação dos seus pares. Procure ser um exemplo e um treinador. :)

Por fim e espero que não esteja cansado!

Leia com atenção, os filhos não são TRABALHO. Entenda que você não presta serviço aos seus filhos (risos). Sim, é preciso ter cuidado, tempo, carinho, dedicação e também cansa. O que se faz com amor faz-se bem. Quem AMA cuida. O afeto e o reconhecimento que se recebe são revigorantes.

Sinta o prazer de ser pai ou mãe...

Saudações de terras lusas!


Taciana Ferreira



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

2013 será...


"O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso."
Ariano Suassuna

Sou uma realista esperançosa convicta.

Ao longo dos meus 36 anos, sempre que algo não deu certo, algo melhor aconteceu. Você pode chamar isso de benção divina, coincidência, visão positiva da vida, resiliência, recompensa, destino, etc, dependendo da sua crença ou filosofia de vida.

Sei que por condicionamento operante, ou por regra (não sei), sempre que alguma coisa ruim acontece, sempre que algo que foi planejado não dá certo, fico de olhos abertos e atenta para saber o que de melhor está por vir. Não que as coisas caiam do céu sem que eu tenha que fazer nada, apenas acaba acontecendo que algo acaba sendo mais adequado do que aquela outra que não deu certo. Ou algo que não deu certo há algum tempo, passa a dar... Não sei explicar, sei que é.

Assim sendo nunca me "pré-ocupo" com coisa alguma. Para mim se preocupar é algo que não resolve, o que resolve é se ocupar do que se pode fazer. De que adianta estar no trabalho preocupada com o filho doente? Nem você trabalha direito, nem cuida do seu filho. Se ele está medicado, sob os cuidados de pessoas responsáveis, se o que ele tem não é tão grave, concentre-se no trabalho, faça o que deve ser feito naquele momento em que o trabalho é  a sua ocupação. Mas se por acaso respondeu "não" a alguma das perguntas anteriores, deixe o trabalho e ocupe-se do seu filho.

Sei que muita gente não concorda com essa minha forma de ver as coisas, tudo bem... mas sob o meu entendimento, um emprego ou trabalho pode-se encontrar outro igual, ou ainda melhor, já um filho...

Mais uma vez: essa é a MINHA forma de ver... não quer dizer que seja a certa. Apenas é a certa PARA MIM.

Duas figuras ilustram esse meu modo de pensar:

Esta é mais racional: 
Se você sabe que um problema tem solução, não precisa ficar se preocupando. Ocupe-se de fazer o que for necessário. Algumas vezes o que é necessário é ter paciência para esperar o momento adequado, ou que as outras pessoas envolvidas façam a parte que lhes cabem. Assim sendo: não precisa se preocupar que no tempo certo as coisas serão resolvidas.

Agora se o problema não tem solução, se não há nada que se possa fazer para mudar a situação... então só resta se conformar e "bola pra frente". Não que isso aconteça de uma hora para outra, as vezes é necessário um processo de elaboração de uma perda (de pessoa querida, de relacionamento, de oportunidade, etc), uma vivência e entendimento das consequências e então a busca por alternativas que possam ajudar a superar, ou mesmo substituir, dependendo do que seja. 



Já esta é para quem é religioso:

A própria oração já diz tudo. Com sabedoria é possível perceber o que se pode e o que não se pode mudar. Se é possível mudar: coragem e mãos à obra. Se não, é aceitação e serenidade para seguir com a vida.

No entanto sabedoria não vem apenas como benção divina, vem sob a forma de experiência vivida, de aprendizagem por meio das vivências dos que nos rodeiam, ou por meio de leituras e estudos.

Assim sendo concluo afirmando de 2013 será um ano maravilhoso, que excelentes mudanças vão acontecer, oportunidades e irão surgir e etc, etc, etc que sempre se fala no início do ano... 

Feliz 2013!!!!

Cristine Cabral

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

De volta para casa...

Passaram-se dois meses desde que escrevi a última postagem. Estive no Brasil e como ir a minha terra Natal é sempre tão corrido, por mais tempo que passe lá nunca consigo fazer tudo. Voltar para Portugal é sempre um misto de tristesa e alegria. Deixo amigos e família e toda a alegria do jeito brasileiro de ser e volto para casa, meu lugar, minha rotina, meus animais, minha horta e as novas amizades que consegui durante estes 6 anos em Portugal. Meu nome é saudade.
Cada lugar tem seu encanto e desencanto, não gosto de ficar fazendo comparações porque me considero uma pessoa flexível e tento me adaptar onde quer que esteja. Isto facilita e muito. Quero passar esta competência para a minha filha, afinal estamos em um mundo com as "porteiras" abertas hoje estou aqui amanhã sabe-se lá...
Como todo este discurso onde quero chegar? Bem, costumo fazer um balanço do que fiz durante o ano que passou e estabeleço metas para o ano seguinte.
Desde que concluí o curso de Psicologia decidi que queria ficar ativa tanto no Brasil quanto em Portugal. Como terminei o curso em Portugal tive que dar entrada na documentação para a revalidação do meu Diploma no Brasil, coisa que achei um tanto quanto absurdo. Afinal somos irmãos ou não? E vamos a burocracia... 6 meses o tempo para este serviço! Resultado, quero ser funcionária pública.
Depois de ver tantas oportunidades para Psicólogo no Brasil, decidi...vou estudar para concurso! Comprei algumas apostilas, pedi dicas aos meus irmãos e cunhados concurseiros e vou em frente. Ser Psicóloga em Portugal neste momento está complicado, por conta da crise não há grande perspectiva de trabalho...
Por isso aguardem, farei resumos dos textos que irei estudar para poder partilhar com vocês.

Outra coisa que acho que ainda não citei aqui é que meu marido é produtor de vinhos verdes aqui em Guimarães, onde moramos. Eu adoro, nós adoramos e os outros adoram (risos). Uma paixão que tem crescido cada vez que entendo mais desta arte. Tenho trabalhado na divulgação dos mesmos e a meta 2013 é entrar no mercado Brasileiro. Os Vinhos Verdes são leves e fresquinhos combinam com o clima quente.

E a Eduarda? A Eduarda curtiu cada minuto no Brasil, adorou ficar em volta de toda e família e me perguntava sempre sobre os avós, tios, tias, primos e primas... quem era quem... É muito bom ser rodeada por amor, isso ela tem de sobra na terrinha da mamãe. Quero que ela cresça valorizando a importância do vínculo familiar em nossas vidas, assim como foi e é para mim. Passamos mais tempo aqui que lá, mas ela não esquece...sempre que volta ao Brasil lembra de tudo e todos, ou seja, o que é bom não é deixado para trás. Por mais que a distância seja grande estão todos em nossas memórias e corações.

Ah outra meta, me dedicar mais ao Psicomães como a Cris! (risos)

Feliz 2013!!!

Saudações de terras lusas...

Taciana Ferreira